Assinatura da Carta de Belém 2025
Durante o evento “Bancos de Leite Humano e Mudanças Climáticas: O que podemos fazer a mais?”, realizado em Belém (PA) nos dias 6 e 7 de maio de 2025, foi apresentada a Carta de Belém 2025, documento de caráter orientador que reforça compromissos coletivos da Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente as metas 3.2 e 3.4 do ODS 3.
Seguindo o modelo da Carta de Brasília 2015, foi adotada a possibilidade de adesão presencial ou remota, por meio de envio do termo assinado via e-mail ou WhatsApp. A carta não é um plano de ação operacional, mas um marco político que aponta direções e compromissos, especialmente frente aos desafios impostos pelas emergências sanitárias e pelas mudanças climáticas.
Dentre os destaques, estão:
A resposta emblemática da Rede Brasileira de Bancos de Leite às inundações de 2024 em Porto Alegre, como exemplo da capacidade de atuação em crises.
O compromisso com a formulação e implementação de dois projetos estratégicos:
Projeto Vir a Tempo, voltado para soluções inovadoras no enfrentamento de crises sanitárias.
Fóruns Sub-regionais, para ampliar o intercâmbio de saberes sobre amamentação nas regiões Pan-Amazônica, América Central e Caribe, e nos países da CPLP.
Durante a leitura e deliberação, participantes propuseram o reconhecimento formal dos bancos de leite como equipamentos estratégicos de segurança alimentar, articulando-os a políticas públicas. Essa proposta foi acolhida como ponto a ser detalhado futuramente.
A carta foi aprovada por unanimidade, em clima de entusiasmo e solidariedade internacional, com manifestações emocionadas sobre a importância da cooperação entre países, e o sonho de que o leite humano possa ultrapassar fronteiras nacionais em prol da vida.
Por fim, foi destacada a entrega simbólica da Carta de Buenos Aires 2024 por representantes argentinos, reforçando a integração entre redes nacionais. O encerramento formal do evento reforçou que a Carta de Belém representa um ponto de partida para novas ações colaborativas e sustentáveis, e não um fim em si mesma.